Dia de Estudos


 

Christian Foals e Alexander Foster se conhecem desde quando tinham menos de dez anos de idade quando ambos queriam ser engenheiros e o resto da sala sonhava em ser médico, policial ou veterinário, apesar de serem de turmas diferentes..  

Com o tempo descobriram que compartilhavam inúmeras coisas em comum, como os sentimentos românticos que sentiam um pelo outro. Acabaram saindo do armário juntos e assim se sentiram mais confiantes e orgulhosos de si mesmos. 

Atualmente Foals tem vinte anos. De cabelos platinados espetados, cheios de gel, usando óculos escuros estilosos, bancava o tipo motoqueiro do grupo de amigos. Possui características coreanas, olhos cinzas e pele bronzeada. Através de sua aparência e personalidade extrovertida, tentava suprir a deficiência que tinha nas pernas, as quais são substituídas por próteses. 

Já Foster tem dezoito. Seus cabelos ruivos são encaracolados e curtos, mas insiste em os alisar. Seus olhos verdes claros são emoldurados por olheiras escuras, tendo o rosto pálido cheio de sardas e sem nenhum sinal de barba. Possui um irmão gêmeo chamado Jamie que só não é idêntico a si de fato por ter um estilo diferente de se vestir e se expressar. Em resumo, um era o oposto do outro.

Sobre Alexander e Christian, há menos de cinco meses decidiram que iniciariam de fato um namoro, pois realmente se gostavam, mas algo nisso tudo começou a incomodar o mais novo. Independentemente do relacionamento de ambos aparentar ser inabalável, ele se sentia provocado em relação aos comportamentos maliciosos de seu parceiro, apesar de muitas vezes agir com obediência e submissão diante dos mesmos. Talvez Foster devesse ter uma conversa mais séria com o outro metido a Don Juan, mesmo que isso fosse uma missão quase impossível.. de não se atrair.

Então, o mais novo chamou o namorado para estudar em uma das salas privativas da biblioteca da universidade que ambos frequentavam, a fim de tentar conversar de maneira mais séria com o amigo. Naquele dia Foals estava estranhamente mais atraente, deixando Foster com dificuldade de respirar, perdendo um pouco do rumo que havia planejado para a conversa.

Iniciaram a elaboração de um projeto solicitado por uma das disciplinas do curso de engenharia e Alex acabou adiando o verdadeiro motivo de ter chamado Chris ali. Alexander demorou quase uma hora para tomar coragem.

O jovem mais velho, percebendo a fragilidade do mais novo diante da sua presença em um lugar menor do que costumavam ficar sozinhos, foi se aproximando dele que estava de costas fitando a mesa, enquanto o provocava bem da forma que o outro mais odiava.


— Então doce Alexy.. me trouxe pra cá só pelo estudo?  – pronunciou todas as palavras da maneira mais sexy e maliciosa que sabia fazer e deu o efeito esperado. – É melhor você pensar de novo, baby, mas dessa vez com a outra cabeça.


— Christian Foals, eu não estou mais suportando seus comportamentos de má intenção em relação a mim. Você consegue imaginar eu ainda estar com uma mente saudável lhe aguentando quase dez anos da minha vida, só falando bobagens sobre sexo? – O rapaz mais novo vomitou as palavras com um tom irritadiço em sua voz. Aquilo parecia estar doendo nele, mas era necessário.


— Nossa baby... vai começar uma nova DR hoje? –  sussurrou no ouvido do outro jovem quando se aproximou por trás dele, encostando seus dedos levemente em sua cintura, o fazendo arrepiar até os pelinhos mais escondidos.


— V-você sempre se utiliza da mesma estratégia.. m-me seduzindo, calando minha boca e me fazendo esquecer d-de... – Alexander responde com um tom mais submisso e nervoso interrompendo o que estava dizendo, começando a soltar alguns gemidos roucos, por Christian encostar os lábios em sua nuca. – C-Christian, por favor…


— Não te aconselho a gemer meu nome desse jeito, Al... – falava de modo atencioso, mas não perdia o tom maldoso da voz. – Você não imagina quantas vezes eu tive que aliviar meu tesão sozinho no banheiro após as aulas de educação física. Estou perdendo a... cabeça por sua causa! – proferia e pausava para mordiscar e em seguida beijar o pescoço de Alex, enquanto passava as mãos pela sua cintura lentamente por baixo da camiseta dele, subindo para a barriga em direção aos mamilos, fazendo o mais novo suspirar com dificuldade.


Alexander não conseguia mais raciocinar de maneira sábia o que estava lhe ocorrendo. Só sentia uma sensação eletrizante ultrapassar seu corpo todo e as partes que o outro tocava queimavam em desejo por mais toques daquelas mãos grandes e habilidosas que o envolviam. Por esse motivo, ergueu seus braços e agarrou os cabelos do maior, os puxando e acariciando ao mesmo tempo, deixando Christian cada vez mais louco por seu pequeno Aly.


— Não percebe, baby? Estou muito apaixonado por você, desde sempre! Cada vez mais, lentamente está tomando conta de mim... sinto como se estivesse viciado em você... – pronunciava as palavras calmamente, enquanto massageava os mamilos já excitados de Alexander o abraçando contra seu corpo, enquanto o menor gemia de prazer contorcendo o corpo sutilmente. – Você me sente agora, Aly? – Se referia ao volume que já tinha em sua calça fina de algodão que encostava um pouco acima das nádegas do outro.


Sentindo a excitação de Foals o encostando aos poucos, mesmo temendo o que aquilo poderia causar, tirou uma de suas mãos que estavam entrelaçadas nos cabelos compridos dele, descendo até o membro tensionado o massageando delicadamente, fazendo Christian arfar e gemer de prazer profundo, decidindo recompensar o parceiro com o mesmo êxtase o qual sentia. Então desceu uma das mãos também, sendo ela a esquerda, que estava no peito de Foster e iniciou uma acariciada de leve no membro já duro dele, enquanto com a direita bagunçava carinhosamente os cabelos enrolados,  sussurrando elogios e perversões ao seu “pequeno”.


— U-um cara como você deveria ter um aviso – dizia sussurrado quase gemendo.– tão indefeso, mas tão perigoso.. adoro isso.


De repente, sem o mais velho esperar, Alexander se solta bruscamente, girando o corpo de frente ao corpo do amigo, pulando em seu colo, enlaçando suas pernas em volta da cintura dele, o beijando com tanto desejo que em seguida tiveram que buscar oxigênio, fixando olhos nos olhos, sentindo o hálito um do outro, trocando tantos sentimentos sem nem sequer falar nada por infinitos longos minutos.

  Após algum tempo hipnotizados um pelos olhos do outro, Christian foi deitando Alexander aos poucos na mesa de estudos, empurrando tudo que havia por cima, fazendo o mais novo chamar a atenção colocando o dedo indicador em seus lábios em sinal de silêncio e rindo de nervoso da situação.

  Por causa disso, o estudante mais velho foi se curvando em direção ao namorado, que permaneceu com as pernas em volta da cintura dele. E em meio ao trajeto até o rosto do menor, Christian foi marcando de chupões aquela pele clara e sensível, resultando em gemidos abafados do outro.


— Não se preocupe Al... Se perguntarem, estamos estudando a anatomia humana de forma dinâmica e prática.. da forma que eu mais aprendo, sabia? – Sussurrou no ouvido de Alexander, mordendo o lóbulo da sua orelha em seguida. – Ahh, óbvio que você sabe... “cê” me conhece melhor do que ninguém.. e às vezes melhor que eu mesmo! – ria de forma maliciosa com a intenção de fazer as maçãzinhas sardentas da face de Foster corarem.


  Apesar do garoto mais novo demonstrar ainda uma negação por tudo que estava acontecendo, colocou as mãos em volta da nuca do maior o puxando para si, com os olhos fixos no lábios rosados dele, que logo foi mordendo os lábios pálidos do outro e em seguida lhe dando um beijo daqueles apelidado de “desentupidor de pia”.

Com esse impulso mais intenso, Foals começou a despir a camiseta do amigo e tirar o cinto desabotoando o short jeans dele em seguida, mas foi interrompido por mais uma preocupação do menor.


— C-Chris.. aqui não é nem um pouco adequado pra isso e... você não pode levar mais uma advertência, lembra? – disse com uma expressão séria ao namorado enquanto segurava as mãos bobas do mesmo o encarando com ar de reprovação.


— Tá bom, tá bom, meu Sr. regradinho rexy, mas iremos continuar com essa conversa deliciosa de boyfriends ainda hoje... – debochou enquanto lambia com vontade a bochecha do menor, o fazendo rir novamente de nervoso e choramingar de nojo.


Assim, Christian pegou Alexander no colo com o mesmo relutando e abriu uma fresta da porta.


— Ué caralho, porque tá tudo escuro? Até parece que... AI PUTA QUE NOS PARIU! – esbravejou insanamente prendendo Alex ao seu corpo, embora não tendo motivos para isso. – Ficar trancado em uma biblioteca ninguém merece... – Seu tom de voz mudou de repente, passando de furiosa a cheia de segundas intenções. – Ao não ser se estiver acompanhado.. aí pode ficar algo mais bacana, não é, Alex baby Foster?


— CHRISTIAN FOALS! Não acredito que até nessas horas você consegue pensar nisso! – Alex exclamou  enquanto se livrava das mãos dele e saia da sala de estudos em direção a entrada da biblioteca que de fato estava fechada.


  O outro o seguiu para fora, indo em direção ao centro da biblioteca que era daquelas mais antigas, chamando atenção a sua arquitetura por ter um teto de vidro dando a visão inteira do céu, repleta de estrelas cintilantes e uma lua redondamente perfeita.

  O mais velho olhou ao seu redor, encontrou um toca discos também antigo e ligou para ver se algum clima poderia se reinstalar novamente entre os jovens. Deu alguns passos a mais, enquanto identificava a música que iniciava se propagar no ambiente, até quando seus pés pisaram em um enorme e lindo tapete felpudo.


— Alexander  Foster, preciso conversar com você sobre algo sério... pode prestar atenção em mim… agora... nesse exato momento? – dizia em tom relaxado e sensual, enquanto desabotoava sua camisa florida em gestos mais lentos e em ritmo ao som da canção Careless Whisper de George Michael versão instrumental, deixando visível seu membro excitado através de sua calça o apalpando em seguida, só para provocar mais seu Aly.


Com o chamado de seu nome completo por Christian,  virou-se e foi surpreendido por aquela visão de seus sonhos mais promíscuos.


— Christyan.. n-não se atreva... temos que sair daqui agora… p-por favor, não quero encrenca... você me conhece! – falou com nervosismo se afastando, mas sabendo o quanto queria tanto quanto o outro.


O mais velho o encarou com um olhar que parecia dizer “ô se te conheço rapaz” que fez Alex se arrepender do que havia falado.  

“Como essa criatura consegue ter resposta pra tudo que eu falo ou penso? Se eu não gostasse tanto dele, com certeza o odiaria!”


— Tenho tudo planejado.. com meus contatos.. ninguém nunca irá saber de nada que acontecer aqui. Agora relaxa de seus próprios pensamentos neuróticos e vem gozar comigo, Eds.. Eu sei que você não está resistindo a esse go-go boy particular..


Foals se aproximava de Foster aos poucos, o acolhendo com o olhar, o envolvendo com suas mãos quentes o tirando para dançar. E estando tão calmo, fez com que o menor se acalmasse também, se entregando aos carinhos atenciosos de seu amado tão experiente.


— Isso, Al.. você não sabe quanto tempo esperei por isso.. e sei que você deseja esse meu corpo nu também.. – Falava cada palavra com uma respiração ofegante, ao mesmo tempo que suas mãos passeavam pelo corpo inteiro do mais novo, o arrepiando por completo, o fazendo jogar sua cabeça para trás e agarrando com força os braços do mais velho, a fim de sentir-se mais seguro.  E com isso Chris aconchegou seus lábios no pescoço de Alex, beijando cada centímetro de sua pele sardenta.


  Como Alexander havia relaxado seu corpo em seus braços, Christyan foi o deitando aos poucos no tapete ficando por cima. Após isso, o mais velho ergueu a cabeça, ficando com uma ampla visão do belo ser que tinha em seus braços. E naquele ângulo teve uma ampla visão do universo inteiro que o menor mantinha naquele olhar complexo.

 Assim, por longos minutos, ficou contemplando de cima os pequenos detalhes delicados do rosto do menor. Estava repleto de uma preocupação real, mas ao mesmo tempo uma plenitude em suas expressões. E, quando seus olhos se encontraram com os dele, sentiu uma preocupação escondida nas pupilas dilatadas de Alex.

“Alexander não consegue mesmo disfarçar seus pensamentos neuróticos completamente.. algo está o afligindo e antes de tudo preciso saber o que é..”

Após perceber a análise de Chris em si, Alex cruzou os braços e desviou o olhar, fazendo o mais velho concluir o que poderia estar acontecendo na galáxia que era a mente daquele seu pequeno menino.


— O que faz meu Aly pensar tanto, marcando seu belo rosto com essas linhas de expressão tão feias? – Indagou o outro enquanto aproximava uma de suas mãos ao rosto dele como se estivesse a acariciar a pele de um anjo, e de certa forma o ruivo poderia ser considerado um.


Alex abriu a boca para dizer algo, mas em seguida se arrependeu e permaneceu respirando com dificuldade fazendo Chris ficar um pouco mais atento ao comportamento do amigo, mudando da atual posição, saindo de cima do mais novo, e sentando na frente do mesmo que colocou sua cabeça no colo do amigo mais velho.


— Alexander..? Quer me dizer algo? Estou aqui, baby.. pode desabafar o que está o prendendo aí dentro e lhe torturando tanto.. – Entonou a voz de forma totalmente diferente que era comum “Christian, o pervertido” se utilizar.


O garoto mais novo se encolheu e não conseguindo segurar seus sentimentos, os expondo em forma de lágrimas e soluços, enquanto tenta esconder o rosto com as mãos já tendo em sua mente ansiosa que o moreno lhe zoaria nessa vida, em todas as outras se fosse possível, se o visse chorando como uma criança novamente, como fazia uns 6 anos atrás.


— Hey Al.. don’t cry, my baby.. – O mais velho o acolhe em seus braços e com suas palavras atenciosas e divertidas. – Ahh que saudade de te pegar nos braços assim, meu bebê.. – dizia enquanto o puxava para mais perto de si, acariciando os cabelos do mesmo que respirou mais aliviado grudando e escondendo seu rosto no pescoço do maior.


— É que.. eu tenho medo.. q-que doa  – pronunciava as palavras com um certo receio do julgamento do mais velho. – na hora do sexo, Chrisy, no momento da penetração...


— C-como assim, Alex? Tudo isso não se resume a sexo e.. 


— ..mas eu confio em você, Christian.. você pôde me ter agora, se quiser.. – concluiu a frase engolindo em seco e talvez já arrependido do que havia acabado de dizer.


— Alexander, olhe pra mim.. – Pegou em seu queixo fazendo ele olhar em seus olhos. – Não permita que esse tipo de coisa fique flutuando em sua mente.. Deixe rolar com o tempo.. Apesar de eu querer muito, você não precisa ser obrigado a fazer algo que não queira. Quero que você sinta prazer junto comigo e nem que isso demore uns 84 anos, Okay?” – Riram e em seguida selaram seus lábios.


 Com isso, Alexander acaba conhecendo a fundo um Christian super atencioso e se culpa por achar que o amigo pensava sempre naquilo, querendo sexo a qualquer custo. Gostava de provocar Alex, mas quando estivessem com um problema sério como a insegurança alheia, o apoiaria e só faria suas próprias vontades conforme o outro estivesse pronto também.

 Chris somente escondia aquele menino sensível e romântico por trás do garoto besterento e pegador na frente do resto dos amigos e das pessoas em geral, por medo de ser rejeitado pelos padrões do atual sistema, talvez.

Alexander havia olhado atrás das cortinas de Chrystan Foals e ficou encantado com o que descobriu.


— Alexander Foster.. eu amo você mais do que eu mesmo! Jamais lhe obrigaria a fazer algo que não quisesse também.. e como te conheço bem, está com medo de negar isso a mim e eu lhe ignorar pra sempre depois! – exclamou todas as palavras com os olhos fechados, se esforçando em colocar tudo o que sentia para fora. Eram muitas coisas importantes pra ficarem guardadas só pra ele. – Apesar disso, mesmo aparentando ser chato pra caralho na grande maioria das vezes, uma coisa que eu não sou é cafajeste. Principalmente com alguém tão especial como você é pra mim, Aly... 


 Foals só abriu os olhos quando sentiu algo molhado e quente em seu peito, se deparando com lindos olhos brilhantes e umedecidos que o encaravam acompanhado por um belo e sereno sorriso estampado nos pequenos lábios de Foster.

 Aquela visão falava mais do que todas as palavras que o mais novo pudesse falar naquele momento. Era só fitarem seus olhares que conseguiam se comunicar sem contato verbal.

  Para distraí-lo, Christyan começa a fazer cócegas nele e ambos brincam rolando no tapete. O menor acaba por cima, sentado na área da virilha do amigo e com gestos tímidos e suaves foi em direção a calça alheia.

   Repentinamente, ambos se assustam com o barulho das grades vindo da porta principal da biblioteca, fazendo com que Chris aja sem pensar duas vezes, pegando Alex de qualquer jeito pelas pernas o jogando em seus ombros, fazendo o mesmo reclamar da situação e rir de nervoso. Correu de forma desajeitada em direção a um pequeno sótão anti-ruídos a fim de se esconderem de quem quer que fosse.

Por coincidência ou não, eram seus primos, Juan Foals e Miguel Foster, à procura deles que não haviam encontrado na república onde moravam e decidiram verificar naquele lugar em específico da universidade. Christyan e Alexander ouvem os meninos discutindo o porquê de estarem ali naquela hora e a causa por ter aparentemente arrastado Juan junto.

Como Enry era presidente do grêmio estudantil da faculdade, um dos tutores da república onde moravam e líder do grupo de estudos e de xadrez da biblioteca, tinha a cópia da chave do local e a permissão para sair de seu quarto depois do sinal de recolher.

Tyro estava mais mal-humorado que o habitual e tentava apressar Enry que dizia ter algo a mais para resolver ali além de ver se os garotos não estavam escondidos “em algum canto empoeirado daquele ambiente socado de livros que fediam a mofo.”

Sem perceber, acaba “atraído” para um canto mais escuro que haviam estantes mais altas com escadas acopladas móveis.


— Tyro.. sabe aquele meu f-fetiche que eu tenho c-com lugar repleto de livros? – Enry havia um tempo que não gaguejava mais, mas naquele momento estava muito nervoso com a presença do menino de cabelos enrolados e ainda se atrevendo a provocá-lo.


— Claro que eu sei, Eny. Você já deve ter até trepado com algum pra ver como seria. – Respondeu de forma direta e sensual surpreendendo o jovem de olhos cor de mel.


— Bom, ainda não havia pensado n-nisso.. Mas nesse caso, você seria o-o livro. Quer tentar, Sr. Foals.. ? – Revidou a provocação de Tyro não imaginando o que aconteceria em seguida.


Sem nem responder a provocação do outro, Tyro surpreende o outro pegando em sua cintura o puxando para si, deixando alguns chupões no pescoço do menor que gemeu abafado, enquanto apalpava todo o corpo do outro.

Enry agarrou os cachos do outro como se não houvesse o amanhã, tascando um beijo naqueles lábios de mel, fazendo surgir sorrisos safados em ambas as bocas, as quais continuavam grudadas.

As mãos do mais velho deslizaram direto para as nádegas de Enry que deu um pequeno pulo assustando-se com aquela apalpada tão ousada de Tyro Foals, o filho do reverendo judeu.

Foals riu de modo malicioso de como Enry reagiu a sua pegada de surpresa e em seguida o pegou no colo, fazendo com que o outro enlaçasse suas pernas em torno da cintura do amigo enquanto desabotoava o suéter do mesmo.


— Nossa Foster.. Que pressa.. é essa? S-sou tão.. t-tesão assim pra v-v-você? – Interrogou o outro de modo debochado e sussurrando as palavras perto da orelha alheia, enquanto lambia o contorno da boca dele.


Em meio aquele clima quente entre ambos, Tyro leva Enry até uma das escadas que ficam acopladas em estantes mais altas, o colocando sentado em um dos degraus, deixando o quadril alheio na altura de sua cabeça, havendo uns pegas em meio a provocações e insultos.

Enquanto isso, Christian e Alexander, por não ouvirem mais sons de conversas externas, concluem que os amigos já devem ter ido embora. Assim, Foals decide iniciar com algo mais “tranquilo” dizendo que ensinaria Alex e ao mesmo tempo o faria relaxar.

Então, estando sentado com as pernas cruzadas no chão, estilo indiozinho, pede para Alex sentar em seu colo e começa o masturbar de modo lento e carinhoso, enquanto beija seu pescoço e diz coisas fofas(?) em seu ouvido.


— Não tenha vergonha de sentir prazer, my sweet boy. Sinta o toque de minhas mãos e relaxe...


Alexander gemia de forma manhosa e rouca, contorcendo seu corpo exatamente nos braços de quem gostaria de estar, sentindo um “puta” prazer que jamais havia sentido. Seus gemidos eram altos, mas eram abafados pelos beijos que Christyan dava em sua boca a todo momento.

Quando estava chegando a seu ápice de prazer profundo, Foster apertava cada vez mais as coxas de Foals que já estava extremamente excitado com todos os movimentos corporais e a respiração ofegante de Alex.

Logo após isso, ambos gozam ao mesmo tempo, fazendo Christyan deitar no tapete puxando Alexander para seu peito, ambos exaustos, porém risonhos e sentindo-se completos pela presença um do outro.

E em meio a um clima romântico, estando abraçados contemplando as estrelas, começam a ouvir gemidos muito altos e vão conferir, estando os dois somente de cueca, qual bicho que estava morrendo lá fora.

Para surpresa de ambos, não havia nenhum animal correndo perigo, mas gemidos vindo da boca de um Enry muito saudável e excitado?

Os gemidos vinham de uma parte da biblioteca que mais fazia eco, perto de um tapete gigante e felpudo rodeado de livros e estantes sem fim recheadas deles. Nunca imaginaram ver aquela cena em nenhum momento de suas vidas.

Enry estava sentado em um dos degraus de uma escada acoplada, com Tyro em meio as suas pernas, as quais o mesmo segurava em cima dos ombros enquanto fazia um belo boquete nele. Abocanhava com vontade o membro do mais novo que se contorcia de satisfação, mas relutava em admitir isso. E em meio a esses gemidos e suspiros descontrolados, o garoto mais novo esbravejava palavras que contradiziam todos seus comportamentos e expressões durante aquele ato.


— Eu te odeio Tyro F-Foals! Ohh! – A entonação saia como de um xingamento misturado com orgasmos quase atingindo ao clímax – V-você é um idiota! Ahh.. – Não soava com credibilidade por sua voz já estar rouca, manhosa e cansada.


Logo, recém havia gozado, Enry se jogou nos braços de Tyro que o pegou com cuidado beijando sua boca e encostando suas testas suadas uma na outra. Estavam tão imersos naquele prazer profundo que não perceberam que estavam sendo “assistidos”.

Christyan e Alexander estavam boquiabertos com tudo que “testemunharam” atrás de uma estante que havia algumas brechas que deveriam ser de livros que foram retirados dali e não repostos ainda.

Menos de cinco minutos depois de Alex e Chris flagrarem seus primos em um clima quentíssimo, todos são pegos de surpresa pelos membros da direção da universidade. Aparentemente alguém soube o que estava acontecendo lá dentro e que iriam se dar muito mal se fossem descobertos.

Quem teria essa maldade no coração para fazer isso? 

Sim. Ruy Bonaro.

Ruy trabalhava como zelador na universidade, e tinha o péssimo costume obsessivo de perseguir os quatros amigos durante o cotidiano acadêmico deles. E naquele exato dia, horário e local estava só de olho nos passos de Christian e Alexander, e assim acabou “ganhando” um combo com a vinda de Enry e Tyro ao mesmo ambiente dos outros garotos.

Por fim, havia espionado praticamente tudo o que acontecia na biblioteca, os entregando para a direção toda a “grande suruba que ocorreu no local que deveria ser de estudos”.


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